quarta-feira, 21 de abril de 2010

Jesus Cristo, Tu és a minha vida!

Na oração de hoje, Senhor, passaram-me pela cabeça uns quantos momentos recentes.

Recordo o rosto das pessoas que colocaste no meu caminho. 

Sim, é preciso reconhecê-lo. Se não fosse pela fé que tenho em Ti, se não fosse pela Tua Igreja a que eu pertenço poderia nunca conhecer estas pessoas e as suas vidas. Poderia nunca ter a sua amizade, ouvir as suas palavras, sentir os seus gestos, olhar os seus rostos...

Rostos que me falam de Ti. Vidas que Te revelam presente e vivo. Olhares que tocam fundo. Gestos que transformam. Vidas que desafiam. E o desafio é conhecer-Te e amar-Te cada vez mais para que o teu amor em nós continue a tocar e transformar outras vidas.

Como aconteceu com Filipe na leitura de hoje: as multidões aderiam às suas palavras porque ouviam e viam os seus milagres que eram feitos em Teu nome. "E houve muita alegria naquela cidade". E assim continua... Em Teu nome!

Cada um de vocês é um milagre que o Senhor realiza.

E alegria que vivemos juntos é fruto da amizade em Cristo. 

Ele é a nossa vida!!!


quinta-feira, 15 de abril de 2010

O que vemos aqui?



Eu vejo a entrega confiante nos braços do Pai.
Com tudo aquilo que é a vida de cada um.
E que grandes testemunhos dessa confiança nós conhecemos.
É isto que nos desafia. É isto que nos alenta no caminho e na luta.
Bendito seja Deus...


(P.S. Obrigado ao Pedro Madeira por captar a beleza e a profundidade deste momento.)

Enquanto chove...


Ir a correr para a missa, atender pessoas, processos de casamento, contas paroquiais, telefonemas a combinar uma série de coisas, ver a agenda (malvada agenda!!!), pelo meio almoça-se enquanto se partilham ideias e desabafos, mais agenda, guiões da diocese, jornada de jovens, mais telefone... Corro para o carro. Está a chover. Tenho de sair. Espero no carro.

E porque não?

Paro. Penso em Deus. Aquela frase do Evangelho: «Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna». (Jo 3, 34-36)

E do que falo eu? Sou enviado e tenho o Espírito. Também sou filho. Falo do que experimento em momentos como este: Tudo para Deus, tudo por Deus! Nem sempre é assim. Eu sei. O Pai sabe. Perdão Senhor!

Continua a chover. Tanta coisa para fazer... Continuo a pensar. No que digo e no que faço tem de ser Deus a falar. Uma perspectiva diferente. Eu tenho o Espírito. Eu sou amado pelo Pai. Eu acredito no Filho. Logo tenho de fazer como o Filho. Silêncio....

E continua a chover. Puxo do caderno. Talvez isto ajude alguém se parar enquanto chove e pensar no essencial: Tudo para Deus, tudo por Deus. Deixar que Ele fale no que digo e no que faço.

Não pára de chover. Não posso ficar aqui o dia todo. Também isso será por Ele e para Ele. E saio para a chuva.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ramo de amendoeira: um título apenas ou algo mais?


Tinha de ser qualquer coisa de diferente, de contrastes e contrários.

Tinha de mostrar a fraqueza que é pessoal, mas também a força que me vem do Alto e que é feita esperança. O blog é isso... Consciência da escuridão e eco da esperança. A certeza da fraqueza e a experiência da força que levanta. Saber que nada sou e saber que Ele é tudo em mim... A surpresa da relação. A ousadia da fé 

Tinha de fazer referência à Palavra de Deus. Tinha de ser anúncio da esperança no meio da desorientação. A Palavra que nos leva ao encontro, que nos cria e re-cria no amor divino. 

Tinha de referir os jovens. Os jovens a quem Deus tanto ama no Seu Filho Jesus e que a Sua Igreja que não se cansa de desafiar a serem "sentinelas da manhã" e aurora de um mundo novo. Os jovens que sirvo, que amo, com que caminho, que tanto me ensinam, que tanto me fazem sofrer... A juventude: tempo de dúvidas e de grandes ideais, do tudo e do nada. Dos contrastes. da beleza, da esperança. E, meus amigos, eu tenho tanta esperança em vocês!

Então lembrei-me: Ramo de amendoeira. Com a ajuda de D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, ordenado em 2007, biblista, poeta e profeta que escolheu esta mesma frase como lema e programa do seu ministério episcopal. Sou assíduo às suas reflexões.

Também o cónego António Rego usou esta frase como título do seu último livro.

E assim ficou. Vale a pena pegar na Sagrada Escritura e fazer a meditação deste texto.

"Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: «Que vês, Jeremias?» E eu respondi: «Vejo um ramo de amendoeira». «Viste bem - disse-me o Senhor - porque Eu vigiarei sobre a minha palavra para a fazer cumprir. " (Jeremias 1, 11)   

Comentem. Não garanto resposta rápida mas apenas que caminharemos juntos.