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Com 33 anos de idade, Jeanne Barbey é uma jovem e talentosa compositora francesa de música sacra.
Desde
a mais tenra idade, Jeanne apaixonou-se pela música, mais particularmente pela
música sacra, praticando e dirigindo coros de canto religioso.
Os
estudos em história, iniciados na prestigiada universidade de Sorbonne, em
Paris, são interrompidos em razão da mucoviscidose, uma doença genética grave
que foi condicionando cada vez mais a sua vida.
Jeanne
refugia-se na música, nomeadamente na composição. Em 2004, sabendo que uma jovem
comunidade monástica se instalou na Abadia de Sainte-Marie de Lagrasse que
procuram restaurar, ela decide ajudá-los. Compõe um “Te Deum” que será
interpretado perante 1500 pessoas em Janeiro de 2006. Tal foi o sucesso da venda
da gravação do espectáculo que Jeanne percebeu que a música passaria a ser o seu
contributo para o mundo.
A doença como dom
Na
verdade, a doença hereditária que lhe afecta o sistema respiratório começou a
condicionar de tal maneira a sua vida que se questionou sobre o sentido da sua
existência. Que fazer do tempo quando não se pode fazer nada? Depois da
depressão inicial, Jeanne encara a sua enfermidade não como um impedimento à sua
felicidade mas como uma oportunidade.
Cada
manhã tem de fazer 3 horas de exercícios para poder respirar, permitindo-lhe
alguma energia que dedica quase exclusivamente à criação musical. Por vezes,
quando o esforço é demasiado intenso, necessita recuperar durante vários dias.
Limitada a apenas 35% da sua capacidade respiratória, Jeanne, no entanto,
optimiza a sua existência: “Se não houvesse doença não haveria música nem
composição”. Se poder compor é um dom, então a enfermidade não pode ser
tomada como um castigo mas como um presente, explica Jeanne. Nos momentos mais
dolorosos ela descobre-se “mimada por Deus” porque sente esses instantes como um
apelo ao essencial.
Consciente
que a dor não é propriamente uma "amiga", parte do princípio que o sofrimento
vão é inútil e absurdo. Assim, Jeanne afirma convictamente que “a melhor
forma de sofrer é oferecer a dor”. “Tenho perfeitamente a sensação de
estar na via que é a minha, e isso é a felicidade… é a confiança total daquilo
que Deus quer para nós, é a esperança, aconteça o que acontecer… A partir do
momento que aceitamos tudo, tornamo-nos felizes”.
Mas para Jeanne, aceitar não é passividade mas
sim confiança.
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A fé como força
Sabendo que vive na iminência da morte, Jeanne
vive serena e intensamente cada dia. “Nunca digo que não tenho sorte… nunca
vivi desesperada… a vida nunca é inútil”.
Onde encontra ela tal força e alegria?
Jeanne confessa que compreende mal a confusão
entre felicidade e a ilusão actual da perfeição e bem-estar físicos como
garantia de realização humana. “Sou doente mas não sou infeliz”,
defende.
A sua relação com Deus ilumina a sua vida e
encontra na oração a força necessária para enfrentar a evolução degenerativa da
doença. A intimidade com Deus permite “momentos em que nos sentimos amados”.
“O amor da vida e a esperança do céu vão juntas porque é Deus que nos dá a
vida.” Frequentemente, esclarece ela, nas horas de maior sofrimento, a
oração proporciona-lhe alívio e inspiração para criar.
Jamais duvidou da sua fé e esta permite-lhe
perceber a lógica da vida, discernindo sempre o sentido da existência e a
vivência de todos os acontecimentos.
Apesar das graves limitações de saúde, a sua
alegria e entusiasmo são uma sinfonia a/de Deus.
Aqui fica um exemplo do seu dom musical,
fecundado pela sua doença:
http://www.dailymotion.com/video/xdqw1w_te-deum-barbey_music#from=embediframe
In http://sdpv.blogspot.com/
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