sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Semana de Oração pelos Seminários





Oração
Jesus Cristo, Bom Pastor
que dá a vida pelas Tuas ovelhas.
Tu és o Filho muito amado do Pai,
Tu és o nosso Mestre e Salvador.
Faz dos nossos seminários
comunidades de discípulos,
sementeiras de Amor,
de serviço e de entrega radical pelo Teu Reino;
sinais de esperança de um futuro de vida verdadeira,
em abundância para todos.
Fortalece e ilumina
no discernimento vocacional os nossos seminaristas;
confirma nos dons do Espírito Santo os seus formadores;
enche de generosidade e espírito de serviço
os auxiliares que com eles trabalham.
Recompensa e abençoa os benfeitores,
que com a oração e partilha de bens, zelam pela missão;
ampara o nosso Bispo e os nossos párocos,
para que sejam sempre fiéis ao dom do seu sacerdócio;
desperta a generosidade e a coragem dos nossos jovens
para Te seguirem e concede às nossas famílias o dom de
Te proporem como caminho, verdade e vida...
Nós Te pedimos por intercessão de Nossa Senhora,
Tua e nossa mãe...

The Human Experience

Um filme que vale a pena ser visto por todos os jovens...

sábado, 23 de outubro de 2010

Muda o teu coração!

Não achas que está na altura de prestar mais atenção ao que andas a fazer com a tua vida?

Talvez seja necessário repensares as tuas prioridades, se é que as tens...

Tens noção de que, ao desperdiçar a tua vida, afectas e entristeces aqueles que te amam, a começar pelo próprio Deus que te criou com um propósito?

Mas tu não desperdiças a vida, só a gozas ao máximo, não é? Insensato...

Acorda para a vida antes que seja tarde de mais.

Quantas vezes não sofreste já com as tuas ilusões e disseste que na próxima já não cais no mesmo erro. E, no entanto, aí estás tu novamente a desperdiçar a tua vida e a quereres enganar-te a ti próprio.

Queres mudar e não é capaz?

Então talvez seja melhor rezares um bocadinho pedindo ajuda ao Pai.

Não ouves nem sentes nada? Então vê bem a que distância estás de Deus. Não desesperes.

De oração em oração vais aproximando-te cada vez mais de Deus e Ele de ti.

Tem a coragem e a sinceridade de re-orientar o teu caminho.

«A esperança vos enche de alegria, embora talvez vos seja preciso ainda, por pouc tempo, passar por diversas provações, para que a prova a que é submetida a vossa fé - muito mais preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo - seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo se manifestar.» (1 Pedro 1, 6-9)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os jovens também podem ser santos!


Amigos, apresento-vos o testemunho de Chiara Badano (Chiara "Luce", como ficou conhecida).

Uma jovem rapariga que no sofrimento causado por um cancro nos ossos foi testemunho de união a Jesus para outros jovens e, agora, para o mundo inteiro.

Nesta ligação podes ver o programa Ecclesia de 19 de Outubro de 2010 sobre a beatificação de Chiara: http://www.ecclesia.pt/programa/

Nesta ligação podes conhecer o percurso de vida de Chiara: http:www.focolare.org/articolo.php?codart=5746

Neste site http:www.chiaralucebadano.it/index.php?lang=pt podes conhecer também alguns escritos desta jovem italiana que o Papa Bento XVI beatificou no passado dia 25 de Setembro.
Bendito seja Deus pelos exemplos de santidade que Ele nos concede na Sua Igreja.
"Na sua vida dais-nos um exemplo, na comunhão com eles uma família, e na sua intercessão um auxílio, para que, confirmados por tão grandes testemunhas, possamos vencer o bom combate da fé e receber com eles a eterna coroa de glória, por Cristo nosso Senhor" (Prefácio dos Santos).


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Isto não está fácil...

Deixa-me partilhar contigo aquela lágrima que se escapa no segredo da escuridão em que deixas cair as tuas defesas e te reconheces pequenino...

Deixa-me partilhar contigo aquele suspiro escondido que soltas no meio da indecisão quando não sabes o que fazer ou por onde caminhar...

Deixa-me partilhar contigo aquele minuto em que dás por ti sozinho quando querias uma palavra de alguém para vencer a solidão...

Deixa-me partilhar contigo aquele momento de dúvida em que hesitas sobre o caminho que escolheste e que seguiste...

Deixa-me partilhar contigo aquele passar de mão pelo rosto quando te sentes sem força para levar a tua vida em frente...

Deixa-me partilhar contigo aquele momento de arrependimento pelo pecado cometido e que não tens coragem de confessar...

Deixa-me partilhar contigo aquela dor na barriga quando a realidade à tua volta te faz dobrar de vergonha...

Deixa-me partilhar contigo aquele grito abafado de revolta quando te sentes injustiçado e incompreendido...

Deixa-me partilhar contigo o ódio que sentes por ti próprio quando pensas que não és capaz...

Se me deixares partilhar contigo tudo isto eu deixarei de estar só...

E tu também...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Eu vos amo, meu Deus


Eu Vos amo, meu Deus,
e o meu único desejo é amar-Vos
até ao último suspiro da minha vida.

Eu Vos amo, Deus infinitamente bom,
e prefiro morrer amando-Vos
que viver um só instante sem Vos amar.

Eu Vos amo, meu Deus,
e só desejo o Céu para ter a felicidade
de Vos amar perfeitamente.

Eu Vos amo, meu Deus,
e só temo o inferno porque aí nunca haverá
a doce consolação de Vos amar.

Meu Deus, se a minha língua
não puder estar sempre a dizer que Vos amo,
que o meu coração o diga
tantas vezes como quantas eu respiro.

Senhor, dai-me a graça de sofrer amando-Vos,
de Vos amar sofrendo,
e de um dia expirar amando-Vos
e sentindo que Vos amo.


E quanto mais me aproximo do meu fim,
mais Vos imploro a graça
de aumentar e aperfeiçoar o meu amor.

Amen.

São João Maria Vianney



Neste momento de mudança, que o Senhor abençoe todos aqueles que comigo caminharam ao longo destes três anos em Tremês e Azóia de Cima. Bendito seja Deus por tanta generosidade e pela possibilidade de crescer como pessoa e sacerdote, muitas vezes aprendendo com os erros e limitações.


Quem és Tu?


Quem és Tu, doce luz que me inundas
E iluminas a escuridão do meu coração?
Tu que me conduzes pela mão como uma mãe
E, se me largares, não conseguirei dar mais um passo.
Tu és o espaço que envolve o meu ser e o guarda em si,
Abandonado por Ti, tombaria no abismo do nada
De onde me tiras para me elevar até à luz.
Tu, mais próximo de mim que eu de mim próprio,
Mais interior que o meu ser mais íntimo
E, contudo, inatingível e desconhecido,
Ultrapassando todo o nome:
Espírito Santo - Amor eterno.


Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Numa Exposição do Santíssimo Sacramento...


Sempre me comoveram as exposições do Santíssimo. E, de facto, sempre que Te contemplo, ó Senhor, no Teu grande mistério da Eucaristia, o meu coração não deixa de sentir um misto de angústia e de felicidade. 

Começo a perceber que é do drama de ver o Deus Santíssimo na cruz, que os meus olhos se humedecem com lágrimas. Ao olhar para Ti, para o Teu Corpo, exposto nessa magnífica custódia de ouro resplandecente, o meu coração dirige-se obrigatoriamente para o mistério da Tua cruz. Nessa custódia da tua dor e da tua salvação, brilha e resplandece o Teu Corpo glorioso. Ó mistério de tão grande dor por tão grande amor. Não sei se é limite dos meus olhos ou especificidade da minha natureza, mas o que é certo é que eu, no meu olhar, não consigo separar o Teu Corpo da cruz. Bem que eu queria… Esse madeiro horrendo é iluminado pelo Teu Corpo salvador. Esse madeiro está aí para me lembrar que Tu és o cordeiro sacrificado pelos meus pecados. E o Teu Corpo, dilacerado por esses meus pecados, lembra-me que o Teu sacrifício me redimiu para sempre: “Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento do altar, fruto do ventre sagrada da Virgem puríssima Santa Maria”. Ó Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé. Eu espero em Vós, mas aumenta a minha esperança. Eu amo-vos, mas aumentai o meu amor. Desse Teu lado aberto brota o rio da vida que me alimenta em cada Eucaristia.

 Ó Mistério salvífico que Te renovas continuamente pelo poder do Espírito divino dirige sempre o meu coração só para Ti, amantíssimo e amado Corpo de Jesus. Bendita sejas, ó árvore da vida, que produzes em mim abundante fruto e me curas com as tuas folhas. Ajuda-me sempre mais a dobrar os meus joelhos e o meu coração diante de Ti, Senhor crucificado e ressuscitado.

Faz com que, Tu em mim e eu por Ti, amemos num só coração o Pai celeste. E que o Espírito divino, única estrada para o Pai, me ajude a descer do monte para Te amar nos meus irmãos, onde Tu, ó Jesus, resplandeces e eu nem sempre te vejo. Por Ti e em Ti seja dada honra e glória ao Pai, a exemplo de Maria Santíssima e para sempre na Tua Igreja, por acção do Espírito Santo, ó meu Deus e meu tudo.


P.S.: Isto não anda fácil para a amendoeira. Apesar de ser uma árvore da esperança que dá flores no inverno, estes têm sido bastante rigorosos. Este texto foi uma luzinha no meio da escuridão que me deu bastante consolo e, por isso, voltei a ele. Rezem por mim.

                                                                

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Se quiseres podes curar-me...



Como muitos uso o Evangelho quotidiano. Ligo o computador, vejo o mail, leio a passagem biblica do dia e o comentário. Deixo aqui o comentário de hoje porque me ajudou, de forma especial, na minha oração.

A humildade daquele "se quiseres podes curar-me". O amor pronto da resposta "quero, fica curado". O espantoso amor de Jesus (porque me deixa espantado, admirado) diante da podridão do meu pecado que me afasta e isola. Mas o amor cura, purifica, liberta e integra. Por isso apresento a minha oferta pela minha cura. A oferta é testemunho da cura. 

Hoje ofereço a minha vida para que sirva de testemunho de que o Senhor me curou pelo toque do seu amor.

Comentário ao Evangelho de S. Mateus 8,1-4 de São Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego: Hino 30 (a partir da trad. de SC 174, p. 357) 

«Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Quero, fica purificado!»»

Antes que brilhasse a luz divina,
Não me conhecia a mim mesmo.
Vendo-me então nas trevas e na prisão,
Preso num lamaçal,
Coberto de sujidade, ferido, com a minha carne inchada [...],
Caí aos pés d'Aquele que me iluminara.

E Aquele que me iluminara tocou com as Suas mãos
Nas minhas cadeias e nas minhas feridas;
Do sítio onde a sua mão tocou e aonde o Seu dedo se chegou,
No mesmo momento me caíram as cadeias,
Desapareceram as feridas e toda a sujidade.
A mácula da minha carne desapareceu [...]
E Ele tornou-a semelhante à Sua mão divina.
Estranha maravilha: a minha carne, a minha alma e o meu corpo
Participam da glória divina.

Assim que fui purificado e desembaraçado das minhas cadeias,
Ei-Lo que me estende uma mão divina,
Retira-me completamente do lamaçal,
Abraça-me, lança-se-me ao pescoço,
Cobre-me de beijos (Lc 15, 20).
E a mim, que estava completamente exausto,
E tinha perdido as forças,
Pôs-me aos ombros (Lc 15, 5),
E levou-me para fora do meu inferno. [...]
É a luz que me leva e me sustenta;
Conduz-me para uma grande luz. [...]
Permite-me contemplar através de que estranha renovação
Ele próprio me tornou a formar (Gn 2, 7) e me arrancou à corrupção.
Concedeu-me o dom da vida imortal
E revestiu-me com uma túnica imaterial e luminosa
E deu-me sandálias, um anel e uma coroa
Incorruptíveis e eternos (Lc 15, 22).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Um novo coração

Um novo coração me dá, Senhor,
O qual a Ti só tema, a Ti só ame,
A Ti, meu Deus, meu Pai, meu Redentor.

Por Ti suspire sempre, por Ti chame,
Por Ti me negue a mim e tudo negue,
Por Ti saudosas lágrimas derrame.

A Ti busque, a Ti ache, a Ti me entregue,
Com tão intenso amor, com tal vontade,
Que nunca mais de Ti me desapegue.

Ó bom Jesus, por tua piedade,
Não Te escondas de mim, isto Te peço;
Que sem Ti tudo enfim é só vaidade.

Muito pedi, Senhor, pouco mereço;
Tão pouco, que Te não mereço nada,
Se o teu muito ao meu nada não dá preço.

Esta alma tantas vezes desviada
Do caminho do Céu, Tu encaminha;
Que se por Ti não vai, vai muito errada,

Doce Jesus, doce esperança minha.


(Diogo Bernardes, séc. XVI, in Liturgia das Horas)

Numa capela, diante do sacrário… (Lc 7, 36-50)


Entrou na casa onde estava Jesus uma mulher. Uma mulher que eu olho de lado porque sei que é pecadora. Olho-a de lado porque o meu pecado, por uma qualquer razão estúpida e hipócrita, não me deixa olhar de frente para o pecado dos outros. Será porque vendo o pecado dos outros, apercebo-me da minha condição de pecador? Mas como pode enojar-me o pecado dos outros sem que me enoje primeiro do meu próprio pecado?

 Aquela mulher não pára de beijar os pés a Jesus, de os lavar com as suas lágrimas, de enxugá-los com os seus cabelos e de ungi-los com perfume. Não suporto esta cena! O meu coração não suporta tanta miséria causada pelo pecado. Porquê? Porque não estou a ver apenas a miséria daquela mulher, mas também a minha. As suas lágrimas de arrependimento, os seus beijos de confiança e amor, e o perfume da adoração ao Único que pode perdoar os pecados. E eu, de pé, do alto do meu orgulho, assisto a todo este espectáculo. “Dobra-te tu também”, digo eu ao meu coração. Porventura não tens também grande pecado a confessar? Porventura não terás confiança n’Aquele que nos ama totalmente e que irá também Ele beijar os pés dos homens, sinal antecipado do seu amor que o levará à cruz?

 Quem é este que até perdoa os pecados? Este é Jesus, o próprio amor de Deus que ama, que é amado e que faz amar. É Jesus que, em mim, por amor, me leva a reconhecer as faltas ao amor. Aquele que, por amor, me leva a amar. Aquele pelo qual eu amo e sou amado.

Ó meu coração, que te dizes cristão, acreditas neste amor? Então dobra-te diante do Senhor, porque o teu pecado não te deixa contemplar o Seu rosto resplandecente de amor. Chora profundamente, deitando para fora todas as tuas faltas. Beija confiadamente esses pés que se dirigem continuamente para ti e que tantas vezes carregam contigo. Unge com a tua adoração a Jesus, Aquele que sendo o Amor te amou primeiro e se entregou por ti.

A mulher, perdoada e salva, já foi embora.

Agora é a tua vez. Ajoelha-te.

A quem muito ama, muito é perdoado.   

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Porque não apareceste?

Foi essa a pergunta que eu lhe fiz mais uma vez, por mais uma ocasião. "Lá está o senhor padre a controlar a cena!", disse em jeito de reparo para que eu notasse que não gosta de ser controlado. "Aquilo era uma grande seca e o pessoal não aparece. Assim não tem piada; não mexe connosco; não adianta nada."

Todos os critérios que eu não gosto de ouvir. Apetece-me berrar... Seria uma gritaria inútil mais uma vez.

Tento outra abordagem: "Sabes qual é a nossa diferença? - disse eu calmamente puxando de um cigarro.

Tu só pensas nos que não estão cá. Eu só penso nos que cá estão, nos que participam. E mesmo que fossem só duas pessoas, serão essas que um dia hão-de ser exemplos para os outros, hão-de mexer com os outros, hão-de cativar os outros, hão-de criar um brilho nos olhos dos outros.

Tu achas que deixas alguém com um brilho nos olhos? Quando os teus olhos forem capazes de perceber se aquilo que tu és, fazes e dizes gera ou não um brilho nos olhos dos outros, então pensa assim: "Se tem brilho, bendito seja Deus, estou a ajudar alguém a ser feliz".

Se não tiver o brilho nos olhos pensa antes: "O que estou a fazer ou a não fazer para que não haja brilho naqueles olhos?" E, talvez assim, vejas como é importante fazeres brilhar os olhos das pessoas que te amam.

Enquanto os teus olhos não distinguirem o brilho ou a falta dele nos olhos dos outros não sabes distinguir o que é uma vida correcta ou uma vida irresponsável, uma vida com amor ou de futilidades, uma vida com Deus ou sem Ele, uma vida séria e verdadeira ou uma ilusão que tu próprio constróis, uma vida com sentido ou uma vida de mer***...

E afastei-me.

Não sei se mais revoltado e triste com a minha incapacidade de lhe fazer brilhar os olhos ou se com a sua falta de vontade em olhar a vida com esse brilho feliz...

Meu Deus, concede aos jovens o dom da perseverança. E a mim também...

terça-feira, 25 de maio de 2010

A amendoeira reabre-se


Conhecem aquela sensação de passar quase um mês inteiro a correr e depois chegar ao fim e pensar: valeu a pena? Fiz alguma coisa de jeito? Deixo o julgamento à misericórdia de Deus, pois Ele bem sabe quais as minhas obras que foram verdadeiras, ou seja, que foram d'Ele e para Ele, e aquelas que foram manifestação do meu egoísmo e da minha falta de vontade de O servir.

Deixo também à vossa misericórdia e à vossa oração essas minhas falhas.

A Marioneta bem me avisou de que isto não ia ser fácil.

Mas tenho de retomar o caminho. É o próprio Papa Bento XVI que o manda na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que podem ver aqui. Ele quer os padres a evangelizar no mundo digital. E eu vou ser obediente!

E, depois da grande graça que foi a sua visita ao nosso país, creio que reabrir a amendoeira é uma forma de lhe ser fiel e aos desafios que nos deixou.

Valerá também a pena fazermos algum eco da visita papal cá nos nossos blogs. O que mais chamou a atenção? Quais os desafios mais urgentes a pôr em prática? Digo urgentes porque importantes são todos eles. Por onde começar? Os textos estão à disposição.

Vamos reflectir como pôr esta barca da Igreja a navegar no mar alto sem medo das ondas. O Espírito Santo, que celebrámos agora no Pentecostes, impele-nos e inspira-nos se lhe abrirmos o coração. Vamos pensar a Igreja! Vamos pensar a nossa vida cristã!

Com a ajuda do Espírito e a confiança em Cristo, com o testemunho do Santo Padre e com a força da nossa amizade vamos pôr mãos à obra.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Jesus Cristo, Tu és a minha vida!

Na oração de hoje, Senhor, passaram-me pela cabeça uns quantos momentos recentes.

Recordo o rosto das pessoas que colocaste no meu caminho. 

Sim, é preciso reconhecê-lo. Se não fosse pela fé que tenho em Ti, se não fosse pela Tua Igreja a que eu pertenço poderia nunca conhecer estas pessoas e as suas vidas. Poderia nunca ter a sua amizade, ouvir as suas palavras, sentir os seus gestos, olhar os seus rostos...

Rostos que me falam de Ti. Vidas que Te revelam presente e vivo. Olhares que tocam fundo. Gestos que transformam. Vidas que desafiam. E o desafio é conhecer-Te e amar-Te cada vez mais para que o teu amor em nós continue a tocar e transformar outras vidas.

Como aconteceu com Filipe na leitura de hoje: as multidões aderiam às suas palavras porque ouviam e viam os seus milagres que eram feitos em Teu nome. "E houve muita alegria naquela cidade". E assim continua... Em Teu nome!

Cada um de vocês é um milagre que o Senhor realiza.

E alegria que vivemos juntos é fruto da amizade em Cristo. 

Ele é a nossa vida!!!


quinta-feira, 15 de abril de 2010

O que vemos aqui?



Eu vejo a entrega confiante nos braços do Pai.
Com tudo aquilo que é a vida de cada um.
E que grandes testemunhos dessa confiança nós conhecemos.
É isto que nos desafia. É isto que nos alenta no caminho e na luta.
Bendito seja Deus...


(P.S. Obrigado ao Pedro Madeira por captar a beleza e a profundidade deste momento.)

Enquanto chove...


Ir a correr para a missa, atender pessoas, processos de casamento, contas paroquiais, telefonemas a combinar uma série de coisas, ver a agenda (malvada agenda!!!), pelo meio almoça-se enquanto se partilham ideias e desabafos, mais agenda, guiões da diocese, jornada de jovens, mais telefone... Corro para o carro. Está a chover. Tenho de sair. Espero no carro.

E porque não?

Paro. Penso em Deus. Aquela frase do Evangelho: «Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna». (Jo 3, 34-36)

E do que falo eu? Sou enviado e tenho o Espírito. Também sou filho. Falo do que experimento em momentos como este: Tudo para Deus, tudo por Deus! Nem sempre é assim. Eu sei. O Pai sabe. Perdão Senhor!

Continua a chover. Tanta coisa para fazer... Continuo a pensar. No que digo e no que faço tem de ser Deus a falar. Uma perspectiva diferente. Eu tenho o Espírito. Eu sou amado pelo Pai. Eu acredito no Filho. Logo tenho de fazer como o Filho. Silêncio....

E continua a chover. Puxo do caderno. Talvez isto ajude alguém se parar enquanto chove e pensar no essencial: Tudo para Deus, tudo por Deus. Deixar que Ele fale no que digo e no que faço.

Não pára de chover. Não posso ficar aqui o dia todo. Também isso será por Ele e para Ele. E saio para a chuva.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ramo de amendoeira: um título apenas ou algo mais?


Tinha de ser qualquer coisa de diferente, de contrastes e contrários.

Tinha de mostrar a fraqueza que é pessoal, mas também a força que me vem do Alto e que é feita esperança. O blog é isso... Consciência da escuridão e eco da esperança. A certeza da fraqueza e a experiência da força que levanta. Saber que nada sou e saber que Ele é tudo em mim... A surpresa da relação. A ousadia da fé 

Tinha de fazer referência à Palavra de Deus. Tinha de ser anúncio da esperança no meio da desorientação. A Palavra que nos leva ao encontro, que nos cria e re-cria no amor divino. 

Tinha de referir os jovens. Os jovens a quem Deus tanto ama no Seu Filho Jesus e que a Sua Igreja que não se cansa de desafiar a serem "sentinelas da manhã" e aurora de um mundo novo. Os jovens que sirvo, que amo, com que caminho, que tanto me ensinam, que tanto me fazem sofrer... A juventude: tempo de dúvidas e de grandes ideais, do tudo e do nada. Dos contrastes. da beleza, da esperança. E, meus amigos, eu tenho tanta esperança em vocês!

Então lembrei-me: Ramo de amendoeira. Com a ajuda de D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, ordenado em 2007, biblista, poeta e profeta que escolheu esta mesma frase como lema e programa do seu ministério episcopal. Sou assíduo às suas reflexões.

Também o cónego António Rego usou esta frase como título do seu último livro.

E assim ficou. Vale a pena pegar na Sagrada Escritura e fazer a meditação deste texto.

"Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: «Que vês, Jeremias?» E eu respondi: «Vejo um ramo de amendoeira». «Viste bem - disse-me o Senhor - porque Eu vigiarei sobre a minha palavra para a fazer cumprir. " (Jeremias 1, 11)   

Comentem. Não garanto resposta rápida mas apenas que caminharemos juntos.