terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sentinela, que vês tu?


Como posso ser sentinela (Ez 33, 7-9) se a minha própria alma vagueia pelos montes do egoísmo e pelos vales do pecado?
Creio que era S. Gregório Magno, papa, que sofria também com esta pergunta no seu ministério.
E porque hei-de querer controlar o amor do Deus (Mt 20, 1-16), sendo o último dos trabalhadores e o primeiro dos ímpios?
O medo de voltar a falhar tornou difícil contemplar o amor de Deus por mim, que se manifestou na Cruz de Jesus e que me chama desde a primeira hora a trabalhar pela minha salvação na vinha do Senhor que é a Igreja.
Já quero fazer propósitos e arranjar estratégias para não voltar a falhar.
Calma…
Contempla e saboreia o amor de Deus…

O silêncio hoje foi difícil e houve dispersão. Começou a apertar-me o peito e a querer rebentar.
Saborear o amor de Deus.
Talvez tenha sido isso que tem faltado das outras vezes. Passo por cima disso e avanço logo para os propósitos e objectivos e truques e etc…
Tudo assente nas minhas capacidades e na minha vontade.
Saborear o amor de Deus. Confiar e dar o primeiro lugar a Deus.
Reafirmar a paixão por Ele. Como é que isso se faz?

Shiuuuu…
Não fales. Não penses em nada. Apenas fica diante do Senhor.
Sem porquês, sem razões, sem justificações, sem conversa, sem fazeres rigorosamente nada.
Apenas fica…
Silêncio… Saboreia… Contempla…

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